Na última sexta-feira (1º), a Polícia Civil do Pará ouviu depoimentos de vítimas de um líder religioso que foi preso em Marudá, interior do Estado, em 18 de março passado. De acordo com recentes informações, mais de dez mulheres acusam Paulo Paumgartten de estupro. Ele também é acusado de crime de distribuição de pornografia infantil, já que a polícia encontrou material com esse tipo de conteúdo no sítio onde ocorreriam os encontros da seita.

Paulo Sabino de Oliveira é o líder da Missão do Espírito Santo, um grupo religioso criado por ele mesmo, que promovia encontros fechados com as fiéis. A polícia já sabe que ele tinha outra identidade e praticou atos ilícitos em cidades de outros estados, como Santa Quitéria, no Ceará, onde ele usava um outro nome, ou seja, uma outra identidade.

As vítimas prestaram depoimento na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) e deram detalhes das reuniões. Segundo as investigações, a princípio ele começou a praticar abusos sexuais com mulheres que estavam há mais tempo na seita. Nestes momentos, Paulo Paumgartten dizia que não era ele e sim de espíritos que recebia, como o São Thomás de Aquino, Santo Agostinho, Papa João Paulo II e Padre Cícero.

"Encontramos mensagens que ele trocava com uma adolescente que estava residindo com ele, de 13 anos, e dentre essas mensagem, tinham fotos íntimas dessa adolescente. Ele chegou a manter conjunção carnal com elas [as vítimas]. Ele alegava que era o procedimento necessário para a limpeza espiritual que, como uma das práticas que ele condenava era a volúpia, era necessário simular a última relação que elas tiveram. Se não se submetessem à esses tratamentos, elas poderiam, inclusive, morrer", afirma a delegada Mikaella Ferreira, responsável pelo inquérito.

A Polícia acredita que dezenas de mulheres tenham sido vítimas nos últimos 14 anos, período em que o advogado atuava se intitulando médium.

Religioso vivia com oito mulheres

A história de Paulo Paumgartten Sabino de Oliveira como líder religioso começou em 2008, em Belém, quando foi convidado a participar de um grupo de estudo bíblico. Na época, ele era procurador do município de Pacajá, sudoeste do Pará. Segundo a polícia, como tinha boa oratória e poder de persuasão logo se tornou líder religioso e decidiu criar a própria seita.

Com informações do G1 Pará

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