Política

Alexandre de Moraes ordena apuração de suposto esquema envolvendo  Júnior Mano

  • janeiro 6, 2025
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal investigue o deputado federal cearense Antônio Luiz Rodrigues Mano Júnior, conhecido como Júnior

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Alexandre de Moraes ordena apuração de suposto esquema envolvendo  Júnior Mano

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal investigue o deputado federal cearense Antônio Luiz Rodrigues Mano Júnior, conhecido como Júnior Mano, por suspeita de envolvimento em um esquema de extorsão e/ou corrupção passiva no município de Eusébio, Ceará. 

A investigação teve início após a Procuradoria-Geral de Justiça do Ceará encaminhar à Procuradoria-Geral da República materiais coletados em um processo judicial no Tribunal do Júri do Ceará, sugerindo a possível participação do parlamentar nos crimes mencionados. 

Em setembro de 2024, Moraes autorizou a abertura do inquérito, delegando à Polícia Federal a realização de depoimentos, análise de mídias e outras diligências necessárias no prazo de 90 dias. 

Em resposta, a assessoria de Júnior Mano afirmou que, no que se refere à suposta extorsão, “o inquérito conduzido pela Polícia Civil do Estado do Ceará foi concluído e relatado, não havendo qualquer indício de autoria em relação ao Deputado Federal Júnior Mano”. 

Sobre a investigação da Polícia Federal, a assessoria destacou que “trata-se de procedimento investigatório relacionado à polêmica das emendas parlamentares” e que “tal procedimento tramita sob segredo de Justiça, conforme previsto no art. 234-B do Código Penal, o que impossibilita qualquer manifestação pública sobre o caso”. 

A nota conclui reafirmando o compromisso do deputado com a legalidade e sua disposição para colaborar com as autoridades: “A defesa confia que, ao término da investigação, sua inocência será plenamente reconhecida e informa que todas as manifestações serão realizadas exclusivamente nos autos do processo”. 

No período dos fatos investigados, Júnior Mano era filiado ao Partido Liberal (PL), do qual foi expulso em outubro de 2024. Atualmente, ele integra o Partido Socialista Brasileiro (PSB). 

Em âmbito estadual, o empresário Lúcio José de Menezes foi indiciado pela Polícia Civil do Ceará e denunciado pelo Ministério Público do Ceará por suposta participação em um esquema de extorsão que culminou no assassinato do advogado Francisco Di Angelis Duarte de Moraes. 

Segundo a acusação, Lúcio teria intermediado a extorsão contra o empresário Ernesto Wladimir de Oliveira Barroso. 

Ernesto Wladimir e os ex-policiais militares José Luciano Souza de Queiroz e Glauco Sérgio Soares Bonfim são réus no processo que apura o homicídio do advogado, ocorrido em maio de 2023. 

Em depoimento, Ernesto afirmou ter sido procurado por Júnior Mano, que, após direcionar emendas para a área da saúde, teria exigido uma “contribuição correspondente”. Ernesto alegou ter recusado o pagamento, justificando que havia mudado sua atuação para o setor de combustíveis. 

O caso envolve uma série de ameaças e a exigência de um pagamento milionário para remover notícias de um site que mencionavam a ascensão econômica de Ernesto nos setores de cooperativas de saúde e postos de combustíveis. 

Dias antes do assassinato do advogado, houve uma negociação para a retirada das publicações, inicialmente com a cobrança de mais de R$ 1,5 milhão, supostamente intermediada por Lúcio. Ernesto relatou ter recebido uma ligação de Lúcio, que afirmou “saber como resolver a questão das reportagens” e marcou uma reunião com o advogado Francisco Di Angelis Duarte de Moraes. 

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