Ator foi condenado nos anos 1990 pela morte de Daniella Perez
Morreu na noite deste domingo (6) o ex-ator Guilherme de Pádua, aos 53 anos, vítima de infarto fulminante. A informação foi confirmada pelo pastor da Igreja Batista da Lagoinha, Márcio Valadão, em live nas redes sociais.
"Pouco antes das 22 horas, recebi o telefonema de uma irmã falando de um dos nossos pastores que acabou de falecer. Pra mim foi um impacto muito grande, porque hoje, às 10 horas da manhã, eu estava dirigindo o culto, e ele estava com a esposa no primeiro banco. (...) Ele praticou aquele crime tão terrível da Daniella Perez, foi preso, cumpriu a pena todinha e se converteu. (...) Mas agora, eu estava lá embaixo, subindo pra fazer a live e recebi a notícia. Ele dentro de casa, agora, caiu e morreu. Morreu agora, agorinha", disse o pastor.
MORTE DE DANIELLA PEREZ
Guilherme de Pádua foi condenado nos anos 1990 pela morte da atriz Daniella Perez, filha da autora Gloria Perez. Ex-ator e pastor, Pádua protagonizou um casal ao lado da vítima na novela "De Corpo e Alma" em 1992.
Ele planejou o assassinato de Daniella ao lado de sua esposa, Paula Thomaz, à época grávida. O casal foi preso no fim de 1992. Na ocasião, Guilherme tinha 23 anos. Os dois foram condenados a 19 anos de reclusão por homicídio qualificado com motivo torpe e impossibilidade de defesa em 1997.
DOCUMENTÁRIO SOBRE CRIME
Em julho deste ano, o documentário 'Pacto Brutal - O Assassinato de Daniela Perez' foi lançado pelo streaming HBO Max, com produção de Tatiana Issa e Guto Barra, trazendo relatos de pessoas próximas da atriz e parte da investigação sobre o crime cometido por Guilherme e Paula Thomaz.
Logo após a liberação do material, Glória Perez concedeu entrevista para falar sobre o lançamento. "Dói demais reviver tudo, mas é necessário que se conte a história como ela aconteceu", disse na ocasião. Segundo ela, essa seria uma oportunidade para que a versão real dos fatos fosse contada na mídia.
"Confio que esse documentário não deixe mais espaço nenhum para as versões fantasiosas que os assassinos tentaram emplacar na imprensa, durante os anos que antecederam o júri que condenou os dois por homicídio duplamente qualificado", disse Glória em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Nas duas primeiras semanas de julho, a produção brasileira ficou entre as obras mais assistidas na América Latina, além de ter alcançado a marca de documentário mais visto da história da HBO Max no Brasil.
Diário do Nordeste
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