A onda de similares nos supermercados parece atingir uma gama cada vez maior de produtos. Depois do composto lácteo e do soro surgirem como uma alternativa para o leite - cujos preços tiveram uma escalada ao longo de 2022, outros itens se popularizam como uma tentativa de substituir o requeijão.
Após visitar alguns supermercados de Fortaleza, a reportagem encontrou a “mistura de requeijão, queijos, gordura vegetal e amido” à venda. Ainda na gôndola dos frios, estava o “produto cremoso sabor requeijão”, ambos mais baratos em relação ao requeijão tradicional (de outras marcas).
De acordo com o órgão ligado ao Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), a conduta dos estabelecimentos pode induzir o consumidor ao erro na hora da compra. Foram apreendidas, ao todo, 338 unidades dos produtos no supermercados localizados nos bairros Centro, Aldeota e Mondubim.
Ainda conforme o Decon, alguns dos produtos eram comercializados como se fossem apenas de origem vegetal. Contudo, eles continham derivados do leite em sua composição.
Assim, como possuem compostos de origem animal, eles deveriam ser submetidos a inspeção do Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (Mapa) antes de serem oferecidos aos consumidores.
A utilização de ingredientes de origem vegetal misturados com os de origem animal, explica o Decon, “é uma prática adotada visando baratear os preços, já que, normalmente, produtos de origem animal costumam ser bem mais caros dos que os de origem vegetal”.
Diário do Nordeste
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