O ex-presidente do Congresso Nacional e ex-deputado federal Eunício Oliveira (MDB) afirmou que seu partido apoiará o nome da governadora Izolda Cela (PDT) à reeleição pelo bloco e descartou apoio a outros quadros do partido. A fala ocorre a seis meses do pleito eleitoral que vai definir presidente, governadores e deputados estaduais e federais para assumirem mandato a partir do próximo ano. Emblemático exemplo no cenário cearense, o presidente estadual e principal nome do MDB no Estado calcula apoio ao bloco governista no Ceará, nessa condição, e relação com Lula (PT) para tentar uma eleição à Câmara dos Deputados.


“A Izolda tem um histórico de uma pessoa mais elevada do ponto de vista social e que tem uma relação com o Partido dos Trabalhadores. Ela foi do PT, o marido dela foi prefeito de Sobral e continua filiado ao Partido dos Trabalhadores. Ela é a candidata que o PT do Ceará aceita e que o meu partido aceita discutir. É uma pessoa muito quieta, capaz, professora pós-graduada e que viveu sete anos ao lado de Camilo com muita correção e dedicação ao Estado”, disse após encontro com Lula, pré-candidato à Presidência, na última segunda-feira (11).


Não reeleito em 2018, Eunício Oliveira ficou sem mandato. Agora, tenta se recolocar como nome viável, já tendo declarado apoio público a Lula nas eleições de outubro – candidato que lidera as pesquisas de intenção de voto. 


Embora o cearense não descarte uma pré-candidatura ao Governo do Estado, a reportagem apurou com líderes nacionais da sigla que o MDB vê como necessária a disputa do mdebista à Câmara na tentativa de recuperar a artilharia do partido em âmbito nacional. 


Durante a janela partidária, a legenda ganhou cinco nomes na Casa, porém perdeu quatro. Entre as baixas está o federal cearense Moses Rodrigues, agora União Brasil. Atualmente, o MDB é a sétima bancada da Câmara – com 40 de 513 parlamentares. 


Na Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE), o partido também tenta renovação e chegou a seis deputados. Durante a janela partidária, ganhou Nelinho (ex-PSDB) e Audic Mota (ex-PSB); e perdeu Walter Cavalcante para o PV. 


O bloco governista deverá ter um candidato do PDT na cabeça de chapa ao Governo do Ceará. Os pré-candidatos do partido na disputa são a governadora Izolda Cela (reeleição); o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio; o presidente da ALCE, deputado Evandro Leitão; e o deputado federal Mauro Filho. 


Para Eunício Oliveira, no entanto, os dois primeiros concentram as maiores condições, hoje, de representar o partido. Izolda conta com apoio do ex-governador Camilo Santana (PT), pré-candidato ao Senado Federal, e é vista como o nome de maior consenso dentro do PT. Roberto Cláudio tem apoio declarado do atual prefeito da Capital, José Sarto (PDT); do presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFOR), vereador Antônio Henrique (PDT); e de um grupo de pelo menos 30 vereadores. 


Oficialmente, o PDT diz que só decidirá o nome que representará a sigla “no momento oportuno” e sinaliza julho próximo como cronograma mais provável. Um dos principais entraves para a escolha é a resistência de parte do PT a alguns nomes pedetistas. Na última semana, por exemplo, o deputado federal José Guimarães, da cúpula do partido no Estado, colocou em xeque a continuidade da parceria a depender da escolha do candidato do bloco governista. Em entrevista ao Jornal Valor Econômico, Guimarães afirmou que a sigla pode até discutir candidatura própria ao Governo caso o nome a ser indicado pelo PDT não agrade petistas. 


Em momentos anteriores, a também deputada federal Luizianne Lins (PT) se colocou como pré-candidata. Numa sinalização de alinhamento, o Diretório Estadual do PT, em janeiro deste ano, aprovou uma resolução que reforça a manutenção da aliança entre PT e PDT no Ceará.


Informações: Opinião CE

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