Nesta sexta-feira (14), sete pessoas foram presas no Ceará sob suspeita de envolvimento em ataques a provedores de internet ou de operar empresas ilegais no setor. Entre os detidos, um já cumpria pena em uma unidade prisional do estado. As prisões fazem parte da segunda fase da Operação Strike, conduzida pela Polícia Civil, com o objetivo de desarticular grupos criminosos que atacam provedores de internet no Ceará. Além disso, 14 provedores de internet irregulares e 12 supostos integrantes da facção foram alvos da operação.
Três dos presos foram capturados no município de Caridade, no interior do estado, e são apontados como integrantes da organização criminosa Comando Vermelho (CV), incluindo um suspeito de ser o “articulador financeiro” dos ataques. Outros três indivíduos foram detidos em Fortaleza, acusados de administrar provedores clandestinos nos bairros Carlito Pamplona, Jacarecanga e Pirambu.
Polícia captura principal articulador dos ataques
As investigações indicam que um dos presos em Caridade, um homem de 44 anos, era responsável por coordenar os ataques contra provedores na região. Ele foi encontrado em uma propriedade na zona rural do município, onde mantinha três veículos como garantia de empréstimos concedidos por ele.
Segundo a Polícia, o suspeito administrava os recursos financeiros da facção para contratar pessoas encarregadas de destruir equipamentos de empresas que se recusavam a pagar uma “taxa” imposta pelo grupo criminoso. Estima-se que seis a sete empresas tenham sido alvos dessas ações.
De acordo com o delegado Cleidson Fernandes, titular da Delegacia Regional de Canindé, os criminosos exigiam pagamentos para permitir que as provedoras continuassem operando na cidade. “Quando as empresas não aceitavam pagar a porcentagem exigida, os ataques eram ordenados”, afirmou o delegado.